REBELIÃO NO URSO BRANCO ACABA COM SAÍDA DE DIRETOR

20/10/2015 09:22

 

Cerca de 24 horas após ser iniciada, a rebelião de mais de 450 detentos do Urso Branco chegou ao fim com o compromisso da demissão do diretor, Célio Lima. A garantia foi dada pela comissão que negociava com representantes governamentais, segundo Irma Garcia Bueno, representante do Conselho da Comunidade.

A saída de Célio Lima era apenas uma das reivindicações, mas a principal. Em carta enviada à imprensa os detentos o acusavam de abusos e ameaças, além de não controlar os agentes penitenciários que também seriam responsáveis por vários abusos.
Nas 24 horas, o motim envolveu mais de 450 presos amotinados e 38 familiares no Presídio Urso Branco, de acordo com dados da Secretaria de Justiça. Nesta segunda-feira começaram a aparecer cartas que teriam sido feitas pelas lideranças e destinadas a setores da imprensa. Todas denunciam supostos abusos cometidos pela direção da unidade prisional e por agentes penitenciários.

De acordo com os presidiários, tanto eles como as visitas são costumeiramente humilhados. E citam o caso mais comum: familiares levam alimentação, mas os agentes são obrigados a checar o peso. Se ultrapassarem 100 gramas o restante é jogado fora. Eles também acusam arbitrariedades cometidas no banho de sol como tiros e outras agressões. Especificamente sobre o diretor, o chamam de arrogante, que se nega a conversar com os presos e qualquer reivindicação ele ameaça chamar a tropa de choque para conter os detentos. Também dizem que os agentes penitenciários não capacitados e que a todo momento ficam apontando armas para todos.

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